Danilo Ferraz
Eletrobras e FGTS –
Recentemente, saiu a notícia de privatização da Eletrobras, gigante do setor elétrico. Com isso, o governo reduz sua participação na empresa (que era de 72%) para 45%. E, agora, parte das ações que o governo tinha fica à disposição dos investidores privados – ou seja, eu e você – que desejam investir na empresa.
O diferencial aqui é que você pode fazer isso utilizando parte do seu fundo de garantia (FGTS) através do Fundo Mútuo de Privatização (FMP), que possibilita a utilização de até 50% dos recursos do FGTS para investir em ações de empresas estatais que estejam em processo de privatização.
Esse tipo de fundo foi criado em 2000 e já foi usado em situações parecidas com a Petrobras e a Vale – ambas com retorno muito positivo para quem entrou. Quem aplicou parte do seu FGTS na Vale em 2002, por exemplo, viu seu dinheiro valorizar em 2.677,3% contra pífios 133% do FGTS (imagem abaixo).
E é aí que está a oportunidade: o FGTS, que foi criado em 1966 para funcionar, basicamente, como uma poupança aberta pela empresa para o trabalhador rende, assim como a poupança, muito pouco. Esta modalidade de investimento, portanto, permite aos investidores a diversificação dos recursos alocados no FGTS, que atualmente rende apenas 3% ao ano acrescida da TR (Taxa Referencial).
Mas, afinal, vale a pena? A resposta é… depende. Por se tratar de um fundo que investe em ações, temos que destacar a volatilidade – isto é, o preço da ação pode ir pra cima ou pra baixo. Vale reforçar ainda que você só poderá sacar o recurso depois de 12 meses e ele voltará pra sua conta do FGTS e não pra sua conta corrente particular. Sendo assim, você deve considerar alguns pontos: você já tem uma reserva de emergência? Já investe em renda variável e conhece os riscos? Se a resposta for ‘sim’, então essa pode ser uma boa oportunidade de obter uma rentabilidade acima do rendimento básico do FGTS.
Atualmente, a Eletrobras é a maior empresa pública de energia elétrica da América Latina. Eu, particularmente, acredito muito no setor elétrico, tenho empresas desse setor como parte fundamental da minha carteira e acredito que após a privatização, a capacidade de investimento na companhia deverá aumentar, o que pode potencializar as ações da futura ex-estatal brasileira.
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