As eleições de 2022 foram definitivamente marcadas pela polarização do Brasil; ou você é, ou não é (seja lá o que for). Muitos argumentam sobre o quão prejudicial esse movimento de massa para os pólos pode ser para o desenvolvimento do país; e de fato, é; o grande problema é que esse movimento nasce antes do momento eleitoral, ainda enquanto o governante está em pleno exercício de poder.
No dia a dia, muitos são os exemplos que temos da figura de agentes fiscalizadores, ou como preferido a ser usado no presente texto, “auditor”; conselhos deliberativos, boards, congresso, auditor independente, auditor fiscal, e por aí vai; todos esses com o objetivo de garantir que cumpra-se o que foi proposto por alguém em algum momento.
No momento em que o cidadão deixa de exercer seu papel de auditor; que muitas vezes argumenta-se este papel ser do congresso, bem… o congresso sempre dará apoio ou oposição referente ao que recebe (de forma lícita ou ilícita, mas pelo menos eles estão ganhando algo, enquanto você que tem uma jornada de horas exaustivas semanais e se mata para ter o básico, defende o indefensável a troco de nada) e ao que se foi negociado, e como colocado, ganham algo com isso; ao defender o indefensável, passar pano para o seu querido candidato que está tão preocupado com você, ao invés de refletir e questionar, dá-se o palanque para que o debate saia do que realmente é feito, e vá para “o outro fez pior”, entrando assim num looping infinito de polarização e escolha entre “os menos piores”.
Sendo assim, a lição a ser dada é que independente de qual lado você esteja, não é porque você votou em alguém que esse não merece ser questionado ou cobrado por você, muito pelo contrário! que você cumpra com seu dever de fiscalizar se aquilo que lhe foi prometido e acreditado, realmente é posto em prática, pois se apenas se defende o indefensável, seja para qual lado for, estaremos sempre amarrando blocos de concreto em nossos pés enquanto tentamos submergir para fora do mar de países subdesenvolvidos.