Casa de analise comenta sobre juros futuros, Vale3, setor bancário, dólar, China, setor de óleo e gás e futura recessão para o próximo ano
Fundada em 2021, a Anova Research é uma empresa de análise de riscos e pesquisa sobre ações da Bolsa de Valores que utiliza a filosofia de Richard Demile Wyckoff para decidir quando comprar e vender ações. Desde sua fundação, a instituição vem se consolidando no mercado financeiro, trazendo uma perspectiva analítica que rompe com os moldes tradicionais. Orientada por um olhar crítico e fortalecida pelo avanço contínuo em ciência de dados e inteligência artificial preditiva, a empresa emerge como um guia para investidores individuais e escritórios de investimentos.
“Segundo os estudos e pesquisas que fazemos diariamente na Anova, o cenário que está se desenhando para os próximos meses está muito bem definido”, comenta Paulo Martins, fundador e CEO da Anova. Para o futuro, sete pilares-chave serão cruciais para os investimentos: Juros futuros, Vale3, setor bancário, dólar, China, setor de óleo e gás e futura recessão.
- Juros futuros
Há um forte interesse institucional na ponta vendedora passiva. Com base na visão de mercado, alinhada às conclusões do comitê de análise da Anova, as pesquisas sobre a atuação de grandes instituições na precificação da curva de juros (DI1F27) continuam nos permitindo antecipar com alto grau de convicção que o cenário mais provável para o futuro envolve cortes agressivos nas taxas de juros, um cenário ainda não precificado por participantes com menor capacidade financeira, como fundos locais e investidores de varejo.
- Ações de Vale
O ativo passou por um período de grande acumulação por parte de grandes players institucionais que se aproveitaram do pessimismo sobre o mercado chinês e compraram grandes quantidades de ações.
- O setor bancário
O setor bancário está com caminho livre para um forte movimento de alta. Consideramos que players institucionais aproveitaram para acumular papéis do setor a níveis de preço inferiores quando ocorreu um alarde de crise bancária no mercado americano, após a decretação de falência do Silicon Valley Bank. Nesse período, pequenos e médios investidores se desfizeram de suas ações a preços inferiores, e essas ações passaram para o controle de grandes bancos de investimentos e hedge funds de atuação global. Na visão da Anova, o setor só irá se desfazer dessas ações a preços mais altos, em meio ao otimismo e futura euforia de participantes menores, como fundos locais e investidores do varejo.
- O que esperar do dólar
No dólar futuro, também enxergamos um elevado interesse institucional na ponta passiva vendedora, desde que investidores foram induzidos ao erro após os resultados das eleições. Naquele momento, os especialistas e modelos tradicionais difundiram a necessidade de dolarização de patrimônio a preços acima dos 5,20. Na análise da Anova, independente do marco político, o mercado seguirá a rota do lucro. Assim, as projeções indicam que o dólar definitivamente tem espaço para se desvalorizar até regiões entre 4,50 e 4,65, e pela correlação negativa existente entre o real e a moeda norte-americana, isso reforça as projeções de valorização para ativos brasileiros.
- Ventos da China
Na China, as pesquisas têm observado crescente interesse global em ativos chineses. Esse capital tem entrado no mercado chinês de maneira discreta. Atualmente, apesar de toda a descrença do mercado com ativos chineses, foi concluído com elevado grau de convicção que grandes investidores estão bem posicionados para um forte movimento de impulso em ativos chineses. Isso deve ser um tema que o mercado operará no futuro. Porém, a Anova acredita que quando isso ocorrer, será a hora de assumir uma postura defensiva, evitando os momentos de euforia e otimismos exacerbados. Ativos como BDR do Grupo Alibaba (BABA34) e o ETF XINA11 no Brasil oferecem uma excelente oportunidade de diversificação para um horizonte de 4 a 6 meses em ativos chineses e são excelentes opções para o investidor menos sofisticado e que não opera em outros países.
- A preparação de um setor promissor
No setor de Óleo e Gás, a análise da casa de investimentos aponta que o setor também está passando por um período de acumulação nos mercados globais. Muitos ativos, inclusive as ADRs da Argentina negociadas no mercado americano, já nos permitiram concluir que grupos de maior poder financeiro estão comprando e acumulando ativos para uma escalada nos preços futuramente. Aqui no Brasil, enxergamos oportunidades para o médio prazo em ativos como 3R Petroleum (RECV3), e a própria Petrobras, que caso apresente uma correção no curto prazo, oferecerá uma nova janela de oportunidade para quem ficou de fora.
- O grande risco
“Por último, deixamos um grande alerta aqui: consideramos que está havendo um notável interesse em ações de setores defensivos como energia e saneamento. Papéis como Sanepar, Sabesp, Taesa, Energisa e Copasa devem apresentar fortes valorizações e estão em um excelente ponto de compra para os próximos meses, oferecendo uma oportunidade principalmente para investidores que buscam empresas sólidas e de menor volatilidade.. Entretanto, o ponto de atenção fica a cargo do entendimento de que estes setores passaram por um longo período de acumulação onde grandes instituições acumularam a preços inferiores e agora fornecem liquidez gradativamente para que fundos locais e investidores menores possam adquirir essas ações a preços superiores.” conclui Martins.