Da janela de sua casa em Paraisópolis, o garçom Lucas Mendes, de 30 anos, contempla uma visão abrangente da desigualdade em São Paulo. Seu olhar começa pelas telhas deterioradas das casas da favela, com fios de eletricidade irregulares e pequenas caixas d’água amontoadas. A paisagem se estende sobre as ruas estreitas até atingir o horizonte do Morumbi,